Basta alguns minutos no Instagram para você se deparar com várias imagens bonitas que, teoricamente, retratam o corpo dos sonhos, com músculos bem definidos e zero gordura corporal. A comparação pode causar uma vontade irracional e inalcançável de atingir a perfeição, mesmo que isso signifique se submeter a procedimentos cirúrgicos invasivos e sem segurança.
Só que, antes de partir para intervenções cirúrgicas, é preciso realizar uma avaliação minuciosa, com um profissional responsável e devidamente certificado na Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP). Nunca deve ser feito por modismo. Apesar de as redes sociais serem um espaço democrático, a web promove padrões, como a recente lipo lad, que muitas vezes são prejudiciais. A venda de um milagre a partir do bisturi é impulsionada pela manipulação de fotos digitais, caracterizando uma política desonesta com o público.
As redes sociais têm participação fundamental na construção da autoestima, sobretudo de quem acompanha perfis vinculados à imagem de vida perfeita. É importante lembrar que isso não retrata as dificuldades do dia a dia. Para evitar essa interferência, o paciente deve trabalhar também a autoaceitação e receber ajuda psicológica, caso necessário.
Só para ter uma ideia, segundo levantamento do (M)Dados, núcleo de jornalismo de dados do Metrópoles, revelou que, desde 2010, 217.481 brasileiros se submeteram à lipoaspiração, a cada 365 dias. Quase 596 a cada 24 horas, com base nos balanços da Sociedade Internacional de Cirurgia Plástica (Isaps). Esse tipo de intervenção ocupa o segundo lugar no ranking com outros procedimentos estéticos, perdendo apenas para a mamoplastia. Dados de 2018 da SBCP mostram, também, que o Brasil é líder na realização de procedimentos estéticos em todo o mundo, estando à frente de países como Alemanha e Estados Unidos.
A sofisticação do conhecimento aliada à técnica dos profissionais brasileiros não significa que deve haver uma banalização, pelo contrário: é necessário avaliar com cautela os riscos e benefícios ao paciente. É uma especialidade que exige seriedade, pois sempre há riscos de complicações. A busca do profissional deve ser feita por meios oficiais, com indicações e analisando-se a experiência do cirurgião plástico. O número de likes ou seguidores nunca foi e nunca será atestado de competência.
O marketing médico é bem-vindo, mas desde que realizado dentro da ética médica. Em 2018, a pesquisa da SBCP evidenciou que a rede social mais utilizada pelos profissionais de cirurgia plástica foi o Instagram, com 62% de adesão. Segundo o Conselho Federal de Medicina (CFM), o médico deve evitar sua autopromoção e o sensacionalismo, sendo proibida a publicação deste tipo de conteúdo.
Tenha cuidado na hora de escolher o cirurgião plástico - casos como o de Liliane Amorim estão aí para provar que a beleza pode ter um custo muito elevado, inclusive a própria vida. Agende sua avaliação e vamos conversar para um tratamento personalizado e seguro!