Os desafio da rinoplastia não-cirúrgica

Muitas pessoas sonham com a plástica no nariz. As alterações dessa região podem ser suaves, como a ponta do nariz, ou mais profundas. Existem vários tipos de narizes, alguns com cobertura de pele fina e outros espessa. Antes de qualquer rinoplastia, é preciso fazer uma avaliação rigorosa. 

 

O tratamento cirúrgico evoluiu nas últimas décadas. Hoje, tem ganhado atenção a chamada rinoplastia não-cirúrgica, técnica de rinomodelação para tratar deformidades nasais com injeção de ácido hialurônico. As indicações para esse procedimento são restritas, devendo ser feitas por injetores experientes pelo alto risco de complicação. O conhecimento profundo da anatomia nasal é fundamental para o sucesso. 

 

Por a pele ser mais espessa na glabela, este é o ponto mais espesso na sutura nasofrontal, de 1,25 mm em média, tornando-se progressivamente mais fina até atingir o mínimo de 0,6 mm no rhinion, voltando a ficar mais espessa na ponta (parte com maior quantidade de glândulas sebáceas). A pele é mais fina ao longo da margem alar e na columela. A pele, além de ser mais fina na metade superior do nariz, é mais móvel, verificando-se o oposto na metade inferior. Entre pele e esqueleto osteocartilaginoso, encontra-se a camada de tecido subcutâneo. 

 

Essa camada é formada por outras quatro: panniculus superficial, camada fibromuscular, camada adiposa profunda e o periósteo ou pericôndrio. O realce da camada fibromuscular inclui o sistema músculo-aponeurótico subcutâneo nasal (SMAS), uma continuação do SMAS da face. Há vários músculos: elevadores, depressores, compressores e dilatadores minor. Para a injeção de ácido hialurônico, é preciso determinar o suprimento sanguineo. 

 

É preciso atentar ao revestimento da pele. A parte superior do nariz é irrigada pelas artérias nasal externa e nasal dorsal, ramos das artérias etmoidais anterior e posterior, que, por sua vez, são ramos da carótida interna. Inferiormente, a irrigação para a ponta provém de ramos da artéria facial: as artérias labial e angular, que, por sua vez, dão os ramos mais importantes para a irrigação da ponta, os quais são as artérias nasais laterais, que irrigam a região alar, e as artérias labiais superiores, que se continuam superiormente pela columela. 

A injeção intravascular do ácido hialurônico pode causar desde pequenas isquemias a grandes necroses e até cegueira pela comunicação das artérias que irrigam o nariz com a artéria central da retina. Pode ser feita com cânula ou agulha, preferencialmente na linha média onde a vascularização é pobre. Deve-se sempre aspirar por precaução e o preenchedor escolhido deve ser posicionado profundamente, supraperiosteal. Na ponta uma pequena quantidade pode ser injetada em subcutâneo para elevá-la. 

As complicações estão mais descritas em pacientes asiáticos, supostamente por necessitarem de maior quantidade de ácido hialurônico para corrigir dorsos largos, e também pelo maior número de pacientes tratados. Lembrando que as complicações ocorrem também por compressão arterial extrínseca.

O mais importante é sempre realizar uma avaliação especializada e altamente personalizada para avaliar qual o melhor para seu caso. Agende já sua consulta!